Maranhenses são retiradas de prostituição em São Paulo

Maranhenses são retiradas de prostituição em São Paulo

Dono da casa noturna que funcionava em São Miguel Paulista foi preso e responderá por crime

A Polícia Civil do estado de São Paulo estourou na noite de terça-feira (12), no município de São Miguel Paulista, a boate Bellas Night Club, localizada no segundo andar de um prédio na esquina da Avenida Pires Rio com a Rua Antônio Cajano, onde oito maranhenses estavam em situação de prostituição. Lorisvaldo Pereira de Jesus, de 34 anos, proprietário da boate, foi preso sob acusação de praticar tráfico de pessoas.
O local era investigado havia uma semana, depois que uma das mulheres conseguiu fugir do local, retornar ao Maranhão e denunciar o esquema. "Esta pessoa, ao voltar para a terra natal, nos informou o endereço da boate. Ela afirma que veio para São Paulo com a promessa de trabalhar como empregada doméstica e não para se prostituir", disse o delegado César Camargo.
As maranhenses encontradas no local, em depoimento à polícia, disseram que sabiam que
iriam trabalhar como prostitutas, em São Paulo. Todas, segundo as investigações, viviam em uma casa, distante cerca de meia hora da boate, imóvel este oferecido pelo dono da casa noturna. À polícia, o empresário disse que transportava as mulheres em uma van.
Lorisvaldo de Jesus, ainda de acordo com a polícia, ficava com aproximadamente 40% de cada programa feito na casa noturna. Em depoimento, as mulheres aliciadas disseram que não pretendem voltar ao Maranhão, o que causou estranheza não só para a polícia judiciária paulistana, como também para a 15ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Mulher, no Maranhão.
A promotora de Justiça Selma Regina Sousa Martins disse que o caso pode ser o início do desbaratamento de uma quadrilha nacional de tráfico de pessoas. "É uma situação semelhante ao que acontece na novela. Ao chegarem ao local, elas são escravizadas, pois o aluguel da casa, bem como o transporte diário, são pagos por elas e dessa forma não conseguem saldar suas dívidas", explicou.
Para investigar a curiosa vontade expressada pelas vítimas de não desejarem voltar para o Maranhão, a promotora afirmou que vai manter contato com o promotor da cidade de São Miguel Paulista para tomar o depoimento formal das vítimas. "Elas certamente devem estar sob ameaça e constrangimento. Se uma conseguiu escapar e denunciar, é porque existe uma série de irregularidades", concluiu Martins.
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