Casos de violência policial continuam impunes na capital maranhense

Casos de violência policial continuam impunes na capital maranhense

01/09/2012 15h07 - Atualizado em 01/09/2012 16h44

Casos de violência policial continuam impunes na capital maranhense

De 2007 até hoje, apenas o Caso Jerô foi investigado e elucidado.
Informações são da Ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Do G1 MA com informações da TV Mirante
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A Ouvidoria da Secretaria de Segurança do Maranhão (SSP/MA) tem estado em alerta para a quantidade de casos de abordagens policiais violentas que acabaram terminando em tragédia em São Luís.
De 2007 até agora, na região metropolitana de São Luís, de todos os casos de intolerância e violência envolvendo policiais, o único que tramitou e chegou ao fim foi o do produtor cultural Jeremias Pereira da Silva, o Jerô, espancado até a morte por policiais militares em 2007.
O ouvidor da SSP reclama da falta de celeridade e lembra o caso do operário da Caema, que foi espancado em 2011 por uma equipe do 9º Distrito Policial da capital, no bairro do São Francisco. Nas imagens, até o delegado participa das agressões. O mais grave é que, agora, o operário aparece como réu do processo e o delegado voltou a atuar na instituição, designado para trabalhar novamente no 9º DP.
Outro caso é o do pedreiro José de Ribamar Vieira, vítima de policiais militares no bairro da Forquilha que, praticamente, caiu no esquecimento. Ribamar morreu em um dos hospitais da capital.
O caso mais recente foi na Rua Duque Bacelar, no Jardim Eldorado, no Turu. A vítima, desta vez, foi um vigilante de 18 anos de idade, que continua internado no Hospital Geral e pode ficar paraplégico, segundo os médicos. Ele levou um tiro disparado por uma pistola .40, da SSP, por um policial que, em um único disparo, acertou a coluna do vigilante.
Segundo a polícia, a arma foi disparada por um policial lotado na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), que foi afastado da função. O caso ocorreu sábado (25), por volta das 21h30.
A mãe do vigilante está revoltada. Ela disse que o policial atirou de uma distância de 50 metros. Quando a vítima estava no chão, ainda foi chutada pelo investigador da Polícia Civil. “Depois que ele [o policial] atirou, ele [a vítima] caiu no chão porque ele disse que o impacto da bala foi muito grande. O policial foi lá e disse 'Isso aqui, neguinho, é porque tu reclamou, por isso que eu atirei em ti'”, relatou Antônia Vieira, mãe do jovem.
Pai de uma criança de um ano de idade, a vítima trabalhava como vigilante no Jardim Eldorado há dois anos. A família dele pede justiça. “Se houver justiça no Maranhão, é isso que eu peço, que ele [o policial] pague pelo que ele fez. Meu filho não estava fazendo nada. Ele estava trabalhando para defender o pão dele e do filho”, desabafou a mãe.
O policial já foi ouvido no caso. Ele disse ao delegado do Turu que não teve a intenção deatingir o vigilante e atirou em advertência. “Tinha quatro pessoas sentadas em um canto e o farol do carro ofuscou um deles, que insultou o policial. Ele parou o carro e foi tomar satisfações. Ele disse que percebeu três pessoas atrás dele, em atitude suspeita, e a pessoal que foi alvejada fez um movimento como se fosse sacar uma arma. O policial, em sua defesa e agindo por instinto, sacou a arma e fez apenas um disparo, no sentido de alertar, de amedrontar”, explicou o advogado do policial, Marcelo Fialho.

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